Em comemoração aos 80 anos de idade, o criador da Turma da Mônica concedeu uma entrevista a revista IstoÉ dessa semana (04/nov2005), onde fala sobre censura, publicidade infantil e como mantém seus personagens relevantes no concorrido e radical mercado editorial
Confira um trecho:
"ISTOÉ -
"ISTOÉ -
O que mudou dos anos 1970, quando o sr. começou a publicar as revistas da Turma da Mônica, para hoje, momento em que só as histórias em quadrinhos da Maurício de Sousa Produções chegam a pelo menos 30 países?
MAURICIO DE SOUSA -
Além da tecnologia, o número de artistas envolvidos na criação. No começo eu fazia tudo: elaborava, saía vender para as redações, checava a contabilidade. Não existia profissional da área no mercado. Tive de formar artistas, literalmente pegava na mão dos desenhistas. De um lado eu ensinava. Do outro, chorava como uma mãe que deixa o filho na escola pela primeira vez. Fazendo história em quadrinhos hoje somos uma família de 60. No total (os produtos vão de alimentos à aplicativos de celular) somos 200.
ISTOÉ -
O sr. consegue ainda hoje acompanhar os processos da sua empresa do começo ao fim?
MAURICIO DE SOUSA -
Não mais. Marina de Sousa, minha filha, assumiu a avaliação de roteiros, que era a última parte do processo que eu acompanhava do começo ao fim. Hoje é bem tranquilo selecionar profissionais que conhecem os nossos personagens, o espírito das histórias, porque a maioria dos jovens que bate aqui na nossa porta aprendeu a ler com os nossos gibis."
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