29 de julho de 2012

HQ´S: Batman # 1


Os Novos 52, o reboot que zerou e unificou os mundos dos universos DC, também afetou os títulos do homem-morcego. Só que não! O mix da Panini que une os 3 títulos principais do vigilante de Gothan em uma unica revista, foi o maior sucesso dos Novos 52 aqui no Brasil, e primeira a esgotar, tanto que ganhará uma reimpressão como direito a uma nova capa e tudo. 

Confira um resumo dos três arcos que se iniciam nesta edição.


Em Batman: Truque com Facas, com roteiro de Scoot Snyder e desenhos de Greg Capullo, após espalhar franquias do Batman ao redor do mundo em Corporação Batman, Bruce Wayne volta ao lar e encontra uma Gothan decadente. O milionário decide lançar um projeto para revitalizar diversas áreas abandonadas da cidade, visando reconstruir Gothan. A iniciativa de Bruce Wayne acaba chamando a atenção de uma antiga sociedade secreta de Gothan, que vem manipulando o destino da cidade há séculos.

Não Curti: A menção a Corporação Batman. Se o universo do homem-morcego foi zerado como é a proposta do reboot, não deveria haver referência alguma a cronologia antiga, que afinal de contas, a partir de agora, não existiu. Isso pode acabar confundindo e afastando novos leitores.

Curti: O dispositivo tecnológico de reconhecimento facial usado por Batman, que identifica os personagens e acaba facilitando a vida dos leitores, como no quadro em que três Robin´s são apresentados. Uma saída inteligente de Scoot Snyder para situar o leitor de primeira viagem no universo do Batman.


Em Detective Comics, escrita e desenhada por Tony Salvador Daniel, o Coringa mais uma vez escapa do Asilo Arkham, e Batman vai a seu encalço. Um novo vilão usando uma máscara feita de pele interfere no caminho dos dois. Depois de ser preso novamente pelo Cruzado Encapuzado, o Coringa recebe uma visita em sua cela que arranca seu rosto!

Não Curti: Humm...Sério,não tenho nenhuma crítica a fazer. Foi a história mais violenta e que mais despertou minha curiosidade. Essa coisa de um Coringa sem rosto, pode render bastante.
Aproveitar que não tenho nada de mau para falar da história e descer o pau na Panini, por causa do papel higiênico que ela publica as histórias. Dificulta muito a leitura, principalmente os balões e recordatórios pintados de alguma cor escura. Isso ainda vai me causar falta de vista...

Curti: A arte, o roteiro, a diagramação, a violência...enfim, tudo. Destaque para o momento em que o Coringa diz, "Me permita dar um autógrafo então....E mais outro e outro e outro e outro...", enquanto esfaqueia o bandido com máscara de pele. Brutal e insano, no melhor estilo do palhaço, que reclama quando a brincadeira é interrompida pelo Batman. 


E por fim, temos O Cavaleiro das Trevas, escrita por Paul Jenkins e desenhada por David Finch. Aqui, após uma fuga em massa do Asilo Arkham, Batman se vê forçado a ir a instituição e encontra um cenário de caos, onde vários policiais foram mortos pelos perigosos internos. Após seguir uma mulher vestida de coelho branco (referência explicita a Alice no País das Maravilhas), o Cavaleiro das Trevas acaba encontrando o Duas-Caras transformado em uma monstruosa criatura.

Não Curti: A arte de David Finch sempre me agrada, mas achei o começo da história um pouco arrastado, principalmente no evento organizado por Jaina Hudson, que desencadeia uma trama que não sei se vai agradar muito. É o começo mais fraco dos três arcos.

Curti: O final é inesperadamente bom, com o Duas-Caras gigante, após tomar uma droga ainda não identificada, mas que promete render bastante, principalmente na parte da pancadaria. Vamos aguardar o próximo numero para conferir o desenrolar.

Mesmo começando com furos na cronologia, como a quantidade impossível de Robin´s em tão pouco tempo (no reboot, tudo começou há 5 anos, com a primeira aparição do Superman) e sem as histórias dialogando entre si, ainda assim Batman sempre é recomendado. Nem vou reclamar muito dos resquícios da cronologia presente na revista, afinal isso é uma decisão mais comercial que editorial, já que os títulos do Batman sempre venderam bem, e junto com Lanterna Verde, continuaram suas histórias, respeitando os fãs antigos. Mas agora com a chance de chamar a atenção de mais leitores novos.

Nota para a Revista: 8,0

Batman #1, Panini Comics, 76 pg, R$6,50.


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