Com SPOILERS para quem não assistiu ao episódioEste post também está no Seriadores Anônimos
São tempos difíceis para as séries ancoradas em um grande mistério. A má impressão causada pelo final controverso de Lost ainda é grande e as comparações acabam sendo inevitáveis. É preciso algo original e genial o bastante para despertar a curiosidade e ganhar a confiança dessas pessoas novamente. Persons Unknown não é essa série. Já para quem não se importa em acompanhar uma colagem de referências a outras obras do gênero, e eu me encaixo nessa categoria, o suspense mediano pode até agradar. Mas só isso. Nada que faça alguém rolar na cama à noite, com insônia, por não saber por que diabos um grupo de estranhos acorda em uma cidadezinha deserta no meio do nada, sem saber como, e não conseguem sair dela, de jeito nenhum.
Com influências que vão desde o reality show Big Brother à Jogos Mortais (sem carnificina, por enquanto), passando por The Prisoner e, claro, Lost, a série é uma boa opção – apesar de mais do mesmo – e que serve como tapa-buraco (não solução) para o imenso vazio deixado por Lost.
No segundo episódio de Persons Unknown, a psiquiatra retira os implantes de todos do grupo com um canivete suíço. Sem os implantes que continham sedativos ativados remotamente, eles tentam mais uma vez sair da cidade, mas são impedidos por uma arma militar chamada ADS, que transmite micro-ondas capazes de cozinhar uma pessoa, o que torna sua transposição aparentemente impossível e as tentativas, extremamente dolorosas. Essa arma, uma espécie de campo de força, cobre todo o perímetro e sem muita alternativa eles decidem vasculhar a cidadezinha em busca de algo que possa ajudá-los a entender que lugar é aquele e principalmente, como fugir daquela prisão sem muros. Acreditando que o gerente noturno do hotel sabe mais do que diz, eles o pegam como refém e apontando uma arma para ele, exigem saber o que está acontecendo. Enquanto o grupo discute entre si o que fazer com o gerente, ele aproveita a distração e foge, passando imune à ação da arma militar. O mesmo não acontece com as pessoas do grupo que vão atrás dele.
Outra oportunidade de fugir da cidade surge quando, durante uma tempestade, um raio destrói a arma que gera o campo de força de micro-ondas, e em uma Van eles deixam a cidade. Após percorrer uma trilha em meio à arvores, uma forte luz os envolve, e magicamente (?) eles estão de volta à cidade. Quem está de volta também é o gerente noturno que os trata como se nada tivesse acontecido.
A investigação do jornalista continua a parte mais desinteressante da trama, até a filha da mulher que recebeu o bilhete dizendo que se matasse o vizinho, estaria livre (o que ela não fez), junto com a avó é melhor.
A cena da mulher que se apresentou como psiquiatra e revelou que na verdade é uma paciente psiquiátrica com a patricinha que acha que é culpa do pai eles estarem ali, soltando a borboleta que voa, linda, livre e feliz e acaba morrendo torrada devido ao campo de força, foi – não sei se intencional – de rachar o bico, apesar de servir para mostrar que é mais um mistério o gerente ter conseguido passar pelo campo de força. Outras cenas como esta, começam a entregar as pistas para que o público possa montar sua teoria, mas essa parte, até agora pelo menos, eu passo.
A cena da mulher que se apresentou como psiquiatra e revelou que na verdade é uma paciente psiquiátrica com a patricinha que acha que é culpa do pai eles estarem ali, soltando a borboleta que voa, linda, livre e feliz e acaba morrendo torrada devido ao campo de força, foi – não sei se intencional – de rachar o bico, apesar de servir para mostrar que é mais um mistério o gerente ter conseguido passar pelo campo de força. Outras cenas como esta, começam a entregar as pistas para que o público possa montar sua teoria, mas essa parte, até agora pelo menos, eu passo.
Não me atrevo a criar teorias. Vou deixar rolar e ver onde vai dar. Não tenho muita expectativa, nem muito a perder. Afinal é uma mini-série em 13 capítulos. Não são 6 anos. Vai que eu me surpreenda…
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