8 de agosto de 2010

SÉRIES: PERSONS UNKNOWN 1X08: SAVED


Com SPOILERS para quem não assistiu ao episódio
Este post também está no Seriadores Anônimos

Apesar de complicar mais do que explicar e usar recursos narrativos manjados, como flashbacks, o episódio prova que quando a série consegue fugir da dinâmica previsível que rola na cidade-fake, Persons Unknown melhora consideravelmente. O que não quer dizer que foi um bom episódio. Foi confuso.
“Saved” tira a cidade-fake do foco da trama, para contar mais da história de Joe, na verdade um padre que depois de matar um homem, acaba sendo recrutado pelo “programa”.

O episódio começa com Joe em um quarto todo branco, amarrado a uma estranha cama, sofrendo uma lavagem cerebral, ou como uma diz a voz que conversa com ele, recebendo uma reeducação formal, para esquecer o amor por Janet e poder ser inserido novamente no programa. Entre flashbacks, sonhos e alucinações, vemos Joe conversando com Tom no dia que o grupo foi levado a cidade-fake, momentos antes de serem colocados nos quartos, ainda inconscientes. Além disso, vemos Tori (a patricinha supostamente morta) como uma enfermeira cuidando de Joe, durante a lavagem cerebral. Mas é tudo muito confuso. A fotografia “engordurada” dos flashbacks/alucinações até ajuda a separar o que é real do que é ilusão, apesar de incomodar um pouco, mas como a fotografia da série em geral sempre deixou a desejar, reclamar é chover no molhado.

Na cidadezinha, Janet se mostra preocupada com o sumiço de Joe e revira o quarto dele em busca de uma explicação. Pinta um clima (é bondade minha) entre Moira e o militar e chega a rolar um beijinho, mas o casal não convence, e fica um sentimento de vergonha alheia na cena. Bill, na parte mais engraçada do episódio (que mostra que quando a série não se leva tão a sério, rende bons momentos), sem querer, acaba saindo dos limites da cidade, passando pelo campo de microondas aparentemente desligado. Mas ao invés de fugir, volta a cidade, como prova de lealdade ao programa. Ou burrice? Ou fé?

Impressão minha ou a câmera está apaixonada pelos olhos da Erika, e que, na falta de algo mais interessante para mostrar na cidade-fake, ganhou bastante destaque? Sim, sou a favor, claro…

Na sua volta ao mundo, os jornalistas que investigam o sumiço de Janet, chegam a América do Sul, a procura da única pessoa que conseguiu fugir do programa, e que vive como paciente em um hospital psiquiátrico. A doidinha garante a diversão, e essa parte trama fica até legal, ou pelo menos não dá sono – o que sem dúvida é um avanço. Além disso, eles ainda tropeçam em uma foto de Joe, um padre desaparecido e ligam com o caso de Janet.

Pessoas supostamente mortas andando por aí, muita luz, igreja e religião. Seria o episódio mais parecido com Lost, se a abordagem não fosse tão inferior, e as metáforas, tão pobres. Nem Joe, na sua estranha cama em forma de cruz empolgou de verdade. Então quer dizer que ele é o salvador, que morreu, ressuscitou (não necessariamente nessa ordem), e voltará para salvar todos? …

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