3 de setembro de 2011

CINEMA: Planeta dos Macacos: A Origem

A franquia dos símios volta aos trilhos neste thriller sensacional. Opinião sobre o filme...
10 anos depois do fracasso do reboot dirigido por Tim Burton, a Fox resolve apostar novamente em Planeta dos Macacos, desta vez para contar a origem de tudo, e entrega uma das melhores surpresas do ano. Com efeitos visuais surpreendentes, um enredo envolvente e muitas vezes emocionante, o filme consegue reiniciar a franquia nos Cinemas em grande estilo.



Sinopse:

"Em Planeta dos Macacos - A Origem (Rise of the Planet of the Apes), James Franco vive um cientista que trabalha na São Francisco dos dias atuais com engenharia genética para o tratamento de doenças. César (gestos de Andy Serkis) é o nome do primeiro supermacaco, resultado de experiências para combater o Mal de Alzheimer, dotado de inteligência superior e capacidade de fala. Ao ser traído pelos humanos que tentava emular, César começa uma campanha violenta para reinvindicar os direitos símios entre os homens. Brian Cox faz o vilão do filme e Tom Felton, o Draco Malfoy de Harry Potter, o seu filho. John Lithgow (3rd Rock from the Sun) faz o pai doente de Franco e Freida Pinto, uma colega de trabalho do cientista."  *fonte: Omelete



Alguns pontos


Acredite: Nenhum macaco visto em tela é verdadeiro. NENHUM! São todos digitais. O filme até ganhou um selo da PETA por não usar animais no filme. O mérito dessa proeza é da Weta Digital, que dentre outras coisas trabalhou em O Senhor dos Anéis e Avatar, e a muito desbancou a Industrial Ligth and Magic de George Lucas, como a melhor empresa de efeitos digitais do Cinema. É claro que nem tudo são flores. Vez ou outra conseguimos identificar o digital, mas o resultado final é extremamente satisfatório.

É claro que a tecnologia de captura de movimentos empregada no filme não seria nada sem bons atores interpretando os macacos. Andy Serkis, que já emprestou seus movimentos ao Gollum e ao King Kong, ambos nos filmes de Peter Jackson, deixa o público maravilhado e embasbacado com sua interpretação do símio Caesar. É hora do Oscar pensar em um prêmio para este novo estilo de interpretação. O macaco interpretado pelo ator, chega a assustar. O olhar é a chave da performance Andy Serkis, que utiliza muito bem este recurso. A estranheza e desconforto perante Caesar é a alma do filme. Não poderia deixar de comentar o quão assustador é o macaco do laboratório com as cicatrizes. Melhor que muito monstro por aí.


James Franco consegue se sair bem. John Lithgow é um show a parte, aliás o nome Caesar, dado ao macaco, é ideia do personagem dele, um grande fã do general romano. Freida Pinto é mais que um colírio em cena e adiciona bastante emoção com uma interpretação cativante.

Pegou as referências ao primeiro filme da série, o clássico de 1968 com Charlton Heston? No noticiário mostra quando a espaçonave do astronauta vivido pelo ator, deixa a Terra e depois na manchete do jornal, que ela perdeu-se no espaço. É claro, não dá para esquecer da homenagem ao personagem de Heston, com o batismo da macaca mãe de Caesar como "Olhos Brilhantes".


Deveria ser antes, mas a cena pós-créditos entrega como a raça humana virá a (quase) ser extinta e deixa gancho para uma possível continuação, que pelo sucesso e qualidade do filme, não deve demorar.

Nota: 8,5

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