5 de setembro de 2010

RUBICON 1x02: THE FIRST DAY OF SCHOOL


Com SPOILERS para quem não assistiu ao episódio

As primeiras boas impressões que o episódio piloto de Rubicon deixou, continuam válidas para o excelente segundo episódio. Apesar de mostrar um computador aqui e outro acolá, ainda é tímida a presença de tecnologia na série e espero que continue assim – quem precisa de uma terceira Chloe (Smallville, 24 Horas) com seus supercomputadores que descobrem tudo, num piscar de olhos? O Clima continua cinza e triste, o ritmo lento e introspectivo, inclusive na forma de desenvolver os personagens, porém, já dá para notar uma crescente, igual ao interesse que a série vem despertando no público. E claro, muito, muito mistério.

No topo do prédio da API, Will observa os carros e pedestres e parece ponderar se comete ou não suicídio. Ao lembrar que pode estar sendo observado por alguém no prédio vizinho, muda de idéia e sai rapidamente dali. No que parece ser o porão do prédio ou uma espécie de almoxarifado, Will pede extra-oficialmente para Hal (qual será o nome dele?) que procure algum padrão nas palavras cruzadas dos jornais, que ajude a desvendar o código. Hal diz que é contra as regras, mas fica com os jornais. Com isso, Will acaba chegando atrasado na sua primeira reunião como substituto de David (seu supersticioso sogro que morreu num acidente de trem). Depois de adverti-lo sobre o atraso, Ingram leva Will para conversar com Spangler (Michael Cristofer) que parece ser o chefe da API. Spangler pressiona Will e cobra dele e da sua equipe resultados sobre o caso que estão trabalhando. Mas a cabeça de Will, está trabalhando em outra coisa, na morte de David e no código nos jornais, e ele volta ao porão do prédio. Hal fala que descobriu que a metodologia das palavras cruzadas já foi usada em outra ocasião, em 1983. Will pede para Hal (que ainda teme perder o emprego por estar trabalhando na surdina) conseguir mais informaões sobre esse antigo código.

No escritório do sogro, em meio as caixas com os pertences de David, Will acha uma foto do tempo que era feliz, com o sogro, sua esposa e filha. Em outra caixa, encontra uma máquina de escrever com uma folha datilografa com várias sequências de três letras em quatro colunas. Will resolve pedir ajuda a Ed (o amigo de David, que enxotou Will de sua casa quando este lhe mostrou o código que achou nas palavras cruzadas), que diz que a sequência de numeros é um código de um livro, que indica página, linha e letra e que, não sabe de que livro se trata. Mas isso Will sabe. É o livro que David lhe deu, um dia antes de morrer. Ed (Roger Robinson) acaba confessando que mentiu quando disse que nunca viu o código das palavras cruzadas. Na verdade, ele quem criou o prótotipo desse código, embutido nas palavras cruzadas. Will liga com a descoberta de Hal e Ed confirma que foi David quem pediu para criar esse código de execusão. Para iniciar o quê, ele não sabe. De volta ao prédio da API, Will pega o livro que ganhou de presente do sogro e começa a decifrar o código. “Eles agem as escondidas”, é o alerta deixado por David. Quando vai embora, Will nota que esta sendo vigiado e ao esbarrar em uma mulher, deixa cair o chaveiro de pé de coelho que era de David e quando volta para pegá-lo, escapa de ser atropelado por um táxi. Will segue seu caminho, ainda sendo obrservado por um homem que o segue até sua casa.

Maggie(Jessica Collins), a secretária de Will, surpreende, e se revela uma espécie de espiã que trabalha para Ingram, e analisa o comportamento dos funcionários da equipe de Will. Pensando bem, nada mais natural que um órgão que analisa padrões, ficar de olho nas mudanças comportamentais dos funcionários. Ela diz que Grant (Christopher Evan Welch) está com inveja de Will e não o respeita. Miles (Dallas Roberts) está com sempre, ou seja, incomodado com algo. Já sobre Tanya (Lauren Hodges), ela diz que a novata parece ter problemas com bebidas, após vê-la vomitando no banheiro. Mas na hora de falar sobre Will, ela mente protegendo-o, e diz que ele está gostando do novo cargo e se adaptando, e que não está distraído por causa da morte de David.

Ao cruzar com Will no corredor, Hal sai correndo para evitá-lo. Quando Will o alcança, Hal diz que descobriu que o código de 1983 iniciou mortes por vingança. Depois de ser cobrado novamente pelo chefe, Will explode com a sua equipe, pedindo mais empenho na investigação do caso que eles estão trabalhando. Depois do descontrole na reunião, Will volta ao topo do prédio e se escora no parapeito. De outro prédio, vemos dois homens espionando Will. Um deles, chega a torcer para que dessa vez Will pule. Quando pergunta para o outro por que estão o vigiando, ele não sabe responder. Mais uma vez, Will tem a sensação (verdadeira) de que esta sendo observado.

Ainda sem uma ligação mais direta com o resto da trama, durante a leitura do testamento de Tom (que cometeu suicídio no começo da série) sua esposa Katherine (Miranda Richardson), herda entre outras coisas, uma empresa (que o marido passou para seu nome, dois dias antes de se matar) e uma casa que ela não sabia que existia mas desconfia que o marido usava para encontrar a amante.

Não sei se me entreguei muito fácil a série. Não sei se foi esse clima melancólico presente em cada olhar do excelente protagonista James Badge Dale, e em cada cena, que me seduziu. Não sei se foram as excentricidades dos personagens ou este visual retrô, do tipo – temos calculadora, mas gostamos de fazer as contas de cabeça, pô! – da série, que me cativou. Enfim, talvez foi tudo isso junto. A única certeza é que estou ansioso para o próximo episódio e cada vez mais curioso para saber onde essa tal conspiração vai me levar.

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